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O maior sargo do mundo

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Ivan Gonzalez com o gigante

Foi capturado na modalidade de caça submarina, nas águas da Galiza em Ferrol, um exemplar de sargo (diplodus sargus sp) que mede 70 centímetros de comprimento e pesa mais de seis quilos.

Não existindo registos de peso semelhante, este é o maior sargo capturado nas águas onde esta espécie frequenta.

"Acabamos de medilo e son 700 milímetros de longo e pola mañá pesou seis quilos 150 gramos nas básculas da confraría de Ferrol e do mercado, que son básculas taradas. E segundo a ESRA, que é a organización que certifica os récords, é récord europeo e tamén mundial", comenta o autor da captura Iván González.


Blog Robalos na Alma

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Um dos objectivos a que me tinha proposto nesta nova etapa do robalosnaalma.blogspot.pt era publicar uma série de conversas com as mais diversas personalidades ligadas à pesca desportiva Nacional. Durante os próximos tempos irei publicar várias conversas, desde a praticantes, importadores, a pessoas com responsabilidades acrescidas na pesca, muitos temas vão passar por este espaço. Alguns consensuais, outros polémicos e outros do interesse de todos.

Fazia todo o sentido começar este tipo de publicações com alguém que com o seu trabalho me inspirou a iniciar o Robalos na Alma, um excelente pescador e alguém que admiro por todo o altruísmo que vai tendo em tempos tão complicados na pesca em Portugal, falo de Fernando Encarnação, cruzei-me com o Fernando em vários fóruns de pesca antes mesmo de ele ter iniciado o seu Blogue, o Fernando é criador do blogue Oceanusatlanticus, um dos primeiros blogues sobre pesca desportiva em Portugal e na minha opinião o melhor blogue sobre pesca e suas envolventes que podemos encontrar de um bloguer Nacional.

Quem conhece o Fernando sabe a paixão que ele tem pela pesca e pela Natureza, além disso não se limitou a cruzar os braços e a afirmar que muita coisa está mal na pesca em Portugal, luta e lutou por causas do interesse de todos e pela preservação e equilíbrio com a Natureza, sem entrar em fundamentalismos exacerbados.

Antes de mais o meu agradecimento ao Fernando por ter acedido a colaborar neste projecto e às fotos cedidas para este artigo.

À Conversa com Fernando Encarnação


Comecei a escrever na blogosfera inspirado pelo teu exemplo. Como surgiu a ideia de criares um blogue?

Pesco no mar desde muito cedo, inspirado pelo meu pai e as suas pescarias aos robalos e carapaus, desde muito novo adquiri uma ligação ao mar, através da observação das espécies que observava nas poças na baixa-mar. A evolução como pescador faz-se ao longo da vida, estamos sempre a aprender, a partilha com outros amigos pescadores ao longo dos anos dotou-me de algumas características que me encaminharam para o especial interesse pelos sargos.

Na web comecei a pesquisar mais sobre a espécie e a entrar em fóruns de discussão, onde se falava de tudo e mais alguma coisa, trocas de opiniões, algumas confusões, etc, o normal quando muitas opiniões por vezes são distintas. Alguns fóruns foram criados, outros cessaram, muitos perderam o interesse, e começaram a aparecer os blogs, muito poucos. Recordo-me que na altura que comecei a seguir o blog do António Ferreira, Maresia na Costa e do Fernando Corvelo, o Robalos nas Ondas, achei interessante e pensei em criar um espaço meu onde seria o responsável pelos conteúdos, onde colocaria os meus relatos, artigos, fotografias, divulgação científica, noticias e temas variados que estão ligados ao mar, nosso mar principalmente, e foram surgindo ideias, foram ocupadas algumas centenas de horas no Oceanus Atlanticus, desde Junho de 1997 até agora.


Achas que a blogosfera pode ter um papel importante no panorama da pesca desportiva Nacional?

Sem dúvida, em varias vertentes, cito as mais importantes, sensibilização e divulgação, através de um projecto podemos dar-lhe um cunho pessoal mais aberto ou fechado, falar de uma modalidade, técnica, capturas, segurança, etc, depende do seu gestor, mas por exemplo, sempre respondi aos comentários e questões que me colocaram, não devemos passar muita informação, porque ambicionamos que existam comentários ou questões, mas por vezes elas não aparecem o que se torna um pouco desmotivante.

Existe o outro lado que ao longo do tempo tenho observado, a proliferação de espaços pessoais, quase aniquilou os fóruns, o crescente aumento de praticantes, e com todo direito, decidem criar também eles o seu espaço, da sua maneira, com os temas que entende, etc., as novas tecnologias que publicam em directo do local da captura se o entenderem, a busca de informação a todos os níveis à distância de um “click” é de facto extraordinária.

Gostavas de ver mais blogues sobre pesca ou melhores blogues?

Não me compete a mim definir um espaço ou projecto, sigo alguns espaços dos quais me identifico, dos quais me dão prazer ler relatos, ideias, ver imagens ou vídeos. Paulo gostas de ver muitos peixe nas ondas, mais pequenos ou grandes exemplares mesmo poucos que sejam?! É claro que muitos é sinal de sustentabilidade, mas os conteúdos remetem para a teoria da evolução, só os mais fortes sobrevivem, se modificam e evoluem.

O que achas que mudou na pesca com a massificação do uso da Internet por pescadores e para pescadores?

A internet não estava acessível a todos, o conhecimento cientifico, os materiais de pesca, utensílios, as marcas, evoluíram, a globalização permite-te adquirir hoje um artificial que saiu ontem da fabrica, no outro lado do mundo, conseguires adquirir material mais barato, conseguires informação, avançares para o DIY (do it yourself) que esta agora na moda do vinil e cabeçotes.

Quase tudo se sabe, depois temos de ter a capacidade de adaptar o conhecimento à prática, e isso ainda faz confusão a muita gente, o que é certo em determinadas mãos pode não o ser em outras…


Defendi sempre o associativismo na defesa da pesca e de muitos interesses instalados, sempre foste um elemento activo na defesa dos interesses dos pescadores e dos recursos marinhos, fazes fizeste parte da ANPLED, achas que a mesma tem atingido os objectivos a que se propôs?

O Associativismo é a base da defesa de uma actividade ou modalidade. Em 2006 surgiu a primeira legislação da pesca lúdica, mas como tem sido normal, emana-se legislação sem conhecimento de causa e efeito e aguarda-se que a metodologia do proibir por acção de coimas façam milagres, acompanhei alguns amigos que por carolice teimavam (alguns ainda teimam) alterar ou repor algumas situações que a nosso entender eram prejudiciais para os pescadores lúdicos e algumas espécies.

Como tudo fomos criticados por uns, apoiados por outros inclusive ignorados por outros tantos, foram alguns anos a queimar tempo e alguns trocos, o que ganhamos, a sensação de dever conseguido, o conhecimento de grandes amigos entre os quais o João Borges, António Neves, José Nazaré, entre outros.

Mas como tudo, houve batalhas travadas, vitorias conseguidas, muitas reuniões, algumas alterações no grupo da ANPLED, saíram uns, entraram outros, mas continua.

Como explicas que grande parte dos pescadores com quem me cruzo nos pesqueiros não conhece a ANPLED, tenho a ideia que o raio de acção e influência da mesma incide muito mais na zona sul do País, concordas?

A ANPLED é uma Associação Nacional, na sua génese ambicionava a propagação nos denominados pólos norte e sul, mas acho que até à data não foi conseguido esse objectivo. As associações são o que os associados e pessoas para quem ela “trabalha” querem que ela seja, se tens poucos associados num universo de milhares de pescadores, alguma coisa não funciona, mas isso acontece também na caça submarina, na APPSA por exemplo.

O raio de acção da ANPLED funcionou mais a sul, na última direcção do qual ainda fiz parte (2º mandato como vice-presidente), existia a problemática da restrição da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, nessa altura foi criado um grupo de trabalho no Algarve e no Alentejo Litoral. Existia um grande descontentamento, as restrições eram muitas para residentes e não residentes no PNSACV, que lógica tinha eu como residente puder e alguém de Lisboa ou do Porto estar limitado e ser completamente restrito? Não ser permitido pescar um dia por semana? Existir um defeso (restrição à pesca lúdica), que ainda esta consagrado na lei, quando não existe restrições à pesca profissional, quando a espécie não está em risco, etc. 

É necessário existir participação da Direcção e colaboradores, as matérias envolventes carecem de muito tempo e disponibilidade, não é uma actividade remunerada, é algo que acreditamos e trabalhamos por carolice.


Há alguma acção que queiras divulgar sobre a ANPLED?

Tem efectuado acções de sensibilização e workshops com crianças que abraçaram a modalidade pesca lúdica há pouco tempo, tem participado no grupo de trabalho que produziu também as últimas alterações à pesca lúdica.

Como classificas a legislação que se aplica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina?

Na legislação da pesca lúdica, acho que deverá existir um enquadramento geral do âmbito nacional. A legislação proteccionista, funciona como um contra senso, quando comparamos a existem para o espaço terrestre e marítimo.

Deve de existir desenvolvimento, mas neste caso, PNSACV deveria ser mais o sustentável, deveria de existir uma promoção da agricultura tradicional, das espécies autóctones, etc. No concelho de Odemira, impera um espaço litoral de agricultura intensiva, onde são terraplanados diariamente porções de terreno, onde são destruídos ecossistemas confinantes dunares, onde são aplicados produtos fitossanitários, etc, a água do perímetro de rega carregada de nutrientes contamina lençóis freáticos e numa última fase segue o seu caminho para o mar.

No mar, não podemos (pescadores apeados) apanhar um sargo na época do defeso, defeso para mim é a não iteração entre o Homem e uma espécie por motivos vários, acasalamento, reprodução, declínio nos stocks, contaminação, etc, prefiro utilizar o termo restrição, os profissionais podem largar redes na borda de água e capturar algumas centenas de sargos num lance; não podemos apanhar mais de dois quilos de percebes, os mariscadores e pseudo mariscadores, recolhem sacas diariamente, e não falamos apenas de marisco de tamanho adulto, existem os chamados danos colaterais no marisco mais pequeno; ouriços são uma espécie que se alimente essencialmente de algas, num determinado tamanho deixam de ter predadores, existem grandes quantidades na nossa costa, mas a sua captura está limitada, quando a mesmo só tem significado de Dezembro ate Março; não se pode andar por um trilho numa zona dunar,
alguém que adquira um terreno, pode colocar maquinaria pesada, drenar o mesmo, terraplana-lo, veda-lo e produzir o que bem entender. Enfim…

Neste ponto tenho de mencionar o David Rosa e o seu trabalho de persistência como Comissão de Pescadores e Populações é uma prova de como continua a existir descontentamento, e trabalho a nível local.

Defendes incondicionalmente que os principais culpados na diminuição de stocks de robalos e Sargos são os profissionais ou os desportivos também tem a sua cota parte de responsabilidade?

Não sou fundamentalista, vejo muitas vezes pescas industriais que fazem inveja a muita gente, dedos apontados aos profissionais, recordo-me de ter publicado uma entrada no blog pequenas grandes pescas de um artigo do meu amigo Prof. João Castro que fala na micro pesca, que me sensibilizou para isso. Todos temos uma parte na diminuição dos stocks, em terra, no mar e no ar, somos responsáveis por todos os impactos que as espécies têm. A pesca Tradicional (portinhos de pesca) e profissional (industrial) digamos que será a Macro pesca.


Se fosses legislador quais seriam as tuas principais alterações na actual legislação?

Acabava com o defeso pois é um contra senso. Se fosse possível aumentava o tamanho mínimo das espécies para mais uns quatro centímetros, parece pouco mas faria uma grande diferença.

Sei que estás ligado à Vega, como encaras essa ligação? 

Basicamente, a Vega fornece o mercado interno e externo com equipamento para diversas tipologias de pesca (Spinning, Rock-Fishing, Surf-Cast, Pesca Embarcada e Águas interiores), prático pesca lúdica e caça submarina, gosto de fazer unas registos fotográficos de determinados ambientes, macros de espécies e jornadas, utilizo o material que me disponibilizam e solicitam a minha humilde opinião na elaboração de artigos de opinião. A minha ligação à Vega já tem uns anos, é o equipamento que eu utilizo para o desenvolvimento das minhas técnicas e jornadas que me tem dado alegrias e adrenalina.

As marcas descobriram num passado muito recente que o melhor veículo de Marketing em Portugal é a Internet, achas que ainda há um grande caminho a percorrer neste capítulo ou que o mercado Nacional é pequeno demais para esta tipologia de parcerias?

Na minha humilde opinião, e no caso que tenho mais conhecimento (Mundináutica - Vega), a ferramenta de Marketing está focada no apoio de compra ou nas escolhas finais por influência dos lojistas, na aquisição de produtos e equipamentos de pesca. Reconhecendo esse ponto a marca assume o compromisso, de enviar o Jornal da Pesca (suporte papel), sem qualquer encargo para o representante da marca na loja de pesca e aos frequentadores da mesma. Para além da página web da marca, ainda podemos constatar a existência de três páginas na rede social Facebook com o Jornal da Pesca do Mar, Jornal da Pesca Predadores e Jornal da Pesca Água doce. 

Não posso falar de algo que desconheço, mas a politica neste caso tem sido a expansão, inicialmente ibérica, depois europeia, posteriormente Brasil e Angola. Alguma marca que se dedique apenas ao mercado interno ou à sua presença na internet, na grande maioria dos casos não terá grande sucesso.

Tenho a ideia que o pescador desportivo nacional é visto como um selvagem que mata tudo o que mexe, concordas?

Essa ideia provavelmente poderá ser a que se transmite para fora, a Península Ibérica tem dessas coisas… De uma forma geral não creio que seja assim, há casos e casos, não me compete julgar os outros, mas esse é o resultado do que transparecemos.

Que preferes? Pescar robalos ou Sargos?

As duas espécies alvo são tão distintas, que acertas-te nas duas espécies que mais prazer e sensações me dão, ambas as pescas para mim são anfíbias, ao sargo é normal que passe para cima de pedras ilhadas, que desça por cordas, que esteja em locais junto à
linha de água com alguma ondulação considerável, pois a adrenalina tem de temperar uma jornada, depois vem as sensações da procura do peixe, da colocação do engodo, da utilização das iscas que os mesmos não vão recusar, se não estiverem no pesqueiro poderão entrar a determinadas horas, se não apareceram já não vão aparecer, procura de sinais na maré baixa da sua passagem pelo pesqueiro, etc.

Os robalos é aquela mágica, romper do dia, cair da noite, nunca sabemos o que nos aguarda, horas ou minutos, nunca sabemos quando o artificial que é animado abaixo da capa branca da oxigenação é atacado, as fracções mágicas entre o ataque de um peixe a uma artificial de superfície, as lutas, a escolha dos locais, as insistências e o combate.

No caso dos robalos, ficaste rendido ao Spinning ou achas que há momentos para diferentes técnicas?

Spinning por enquanto é de eleição, mas existe momentos para outras técnicas, e evolução, se estagnamos numa técnica ficaremos agarrados à sua limitação, depende do que quisermos fazer, tenhamos capacidade, conhecimento e jeito para a coisa, é sempre bom termos uns amigos que gostem destas coisas e que partilhe conhecimentos de variantes, quem sabe se não resultando num determinado local, não funcionara noutro.

Por exemplo, um regresso ao passado tipo, mar bravo, águas oxigenadas e tons escuros, porque não pegar numa vara Sportex, mono 0.50 no carreto, 120-150 gramas de chumbada, estralho de braça e meia, anzol 0/4, iscado com forrado de polvo ou uma pata e tentarmos a sorte de ferrar um bom exemplar da forma tradicional?

Que mais te apaixona no spinning?

Pessoalmente, tenho gosto por meias mares do nascer do sol ou por do sol, o misticismo do predador que procuramos, uma espécie nobre, o não sabermos quando vamos sentir um ataque ao artificial que percorre a rebentação, a corrente, o substrato submerso, estará aqui ou ali, o ataque de um peixe a uma artificial de superfície, a procura em forma de leque, o combate até observarmos uma armadura prateada à tona de água, isto é a essência da pesca. A magia dos momentos da ferragem, a luta e a adrenalina que sentimos pode ser sempre potencializada pelos locais que escolhemos, uma pedra avançada na linha de costa, na baixa-mar, uma zona de sedimentação de areia onde pescamos com água pela cintura, etc. 

Amostras secretas ou predilectas, queres desvendar um pouco o véu?

Secretas não, predilectas, daquelas que efectuei muitas capturas foram as Saltigas 140, Flash Minnow MR 130, Angel Kiss, actualmente, estou rendido às Smart Minnow, pelo seu voo e performance de lançamento, capa de água que percorrem. Como se diz por estes lados “Anzol na água é uma forca de peixe”.

Qual o factor que mais importância dás nesta modalidade de pesca?

Existem alguns, conhecermos bem a espécie, os seus hábitos o seu ambiente e as suas relações entre outras espécies, as condições propícias para encontrarmos o nosso alvo, os cuidados a ter na prática da modalidade, o que não devemos fazer, etc. Dominando minimamente estes pontos é insistir, o êxito depende da insistência e dedicação.

Qual o robalo que mais prazer te deu capturar? Queres contar? 

Cada peixe tem uma história, deve fazer parte do nosso reconhecimento por essa nobre espécie. De algumas, lembro-me de um robalo de quilo e pouco que atacou uma artificial saindo por completo fora de água (tal como o seu parente achigã), outro exemplar de quatro quilos e meio, que no final do lançamento, após duas ou três recuperações atacou o artificial e produziu uma investida em arco sempre forçando, ao fim de algum tempo, consegui coloca-lo perto de mim mas sempre pelo fundo e de lado, só mesmo no final junto a pedra é que observei a artificial completamente atravessada na boca; um outro peixe, com uns cinco quilos foi já de noite, cercado por água numa ponta de pedra, tinha capturado quatro exemplares entre os dois quilogramas, faço um lançamento numa zona com meio metro de água e fundo de pedra com alguns caldeirões, ao fim de algumas
maniveladas sinto uma prisão (tipo rocha), aliviei um pouco e a rocha começou a investir naquela pouca água, foi um espectáculo, principalmente porque a certa altura tive de recuperar a linha manualmente rodando a bobine do carreto, pois a manivela deixou de funcionar consegui recuperar o peixe.


Que conselhos deixas para quem se quer iniciar nesta modalidade?

Principalmente para não colocarem a vossa integridade física em risco, um peixe (s) não vale uma vida, para além da citação “Há mais marés do que marinheiros”, tentem absorver informação à cerca da espécie que pretendem capturar, perceber os seus hábitos, avaliar locais, tentar perceber a dinâmica das zonas litorais, etc, e por ultimo mas não menos importante, não desistam, insistam na procura que irão ser recompensados em sensações.

Os mais jovens serão o futuro desta modalidade, vês correntes de mudança e  esperanças renascidas ou vamos ter mais do mesmo?

A sustentabilidade de um recurso depende da gestão ou ensinamentos que temos e praticamos no presente e transmitimos às gerações vindouras, para que as mesmas possa usufruir dele tal como nós usufruímos no presente.

Temo que isso possa não acontecer, pelo menos, com a frequência que fomos habituados, e que cada vez mais se vai reduzindo em número de dias. Seguindo este exemplo, não pratico pesca em águas interiores (talvez uma ou duas experiências por ano), só no mar, mas reconheço a fragilidade desses ecossistemas por serem reduzidos em dimensão e estarem confinados a um espaço ou área reduzida, a uma pressão de pesca, em dimensões bem diferentes, quando comparada com o mar, se existisse exponencialmente uma pressão nesses recursos como tem existido um acréscimo de praticantes no mar, como será?


#5

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Exemplares capturados em zona de baixa profundidade com afloramentos rochosos. Primeiro exemplar, capturado antes do por do sol, o segundo imediatamente a seguir ao desaparecimento do sol e o terceiro já na transição para a noite.

Artificial: Akada
Multifilamento: Power shot 0.20
Carreto: Sun Reef 5008
Cana: Luxxe Spin

Documentário - O Sudoeste de Portugal

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Documentário de Vida Selvagem que tem como objectivo dar a conhecer a beleza natural de uma das costas mais bonitas de Portugal: A Costa Sudoeste de Portugal (Costa Alentejana e a Costa Vicentina).

Poderá conhecer tanto os habitats costeiros como os interiores numa viagem única pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, assim como todas a magnificas criaturas que neles habitam. 

Fonte:aidnature www.aidnature.org

#6

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Exemplar capturados em zona de laredos com alguma profundidade. 

Artificial: Akada 
Multifilamento: Power shot 0.20 
Carreto: Sun Reef 5008 
Cana: Luxxe Spin

Sardinha – Sardina pilchardus

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Sardina pilchardus

Identificação: Corpo alongado, sub-cilíndrico, azul ou verde prateado no dorso e prateado no ventre, flancos com manchas redondas e escuras. Barbatanas dorsal e anal sem raios espinhosos. Margem posterior do opérculo arredondada apresentando na zona inferior 3 a 5 estrias distintas irradiando para baixo.

Biologia: Os sexos são individualizados e distinguíveis pela observação dos órgãos reprodutores internos (ovário/testículos).

Na costa Portuguesa, a reprodução ocorre ao longo da plataforma continental durante um período alargado (outubro a abril) sendo mais intensa entre dezembro e fevereiro. Na região Ocidental Norte a postura é mais intensa durante o outono / inverno enquanto que na região Sul a época de postura é mais prolongada, atingindo maior intensidade antes da observada no Norte.

A sardinha acumula gordura desde o final da primavera até meados do outono (setembro-outubro) para crescer e sobretudo para ter energia para produzir os ovócitos e espermatozóides necessários à reprodução durante os meses seguintes. Esta gordura, rica em ácidos gordos polinsaturados (principalmente ómega 3) acumula-se no músculo e em redor das vísceras e confere-lhe o paladar típico apreciado pelos consumidores. No fim da época de desova a sardinha está magra porque gastou essa a gordura na reprodução.
A reprodução envolve fecundação externa dos ovos e ocorre preferencialmente a temperaturas de 14-15ºC, evita temperaturas inferiores a 12ºC e superiores a 17ºC para se reproduzir. Cada fêmea produz uma emissão de ovos em média uma vez de 2 em 2 semanas (reprodutor múltiplo ou seriado) ao longo da época de desova.



Ovos de sardinha em fase próxima da eclosão, onde é visível o embrião em desenvolvimento avançado

A sobrevivência das larvas e consequente evolução para o estado de juvenil e finalmente adulto depende essencialmente das condições ambientais, em particular da disponibilidade alimentar que irão encontrar nas zonas onde se irão desenvolver. O sucesso reprodutivo depende também do tamanho das fêmeas e das suas reservas energéticas.

O seu crescimento é rápido, uma sardinha pode atingir cerca de 90% do comprimento máximo durante os dois primeiros anos de vida. Vive até aos 14 anos de idade e atinge 27 cm de comprimento total. No entanto, na costa Portuguesa, são mais comuns as sardinhas mais jovens (até 6-7 anos) e pequenas (até 21-22 cm).

A sardinha é uma espécie que usa dois modos de alimentação; filtração passiva e predação activa, alimentando-se exclusivamente de plâncton (em particular microalgas, copépodes e outros crustáceos, bem como ovos de peixes, maioritariamente os seus próprios ovos).

Distribuição e habitat: Distribui-se ao longo de toda a plataforma continental Portuguesa até aos 100 m de profundidade. A sua abundância decresce de norte para sul. Os juvenis e adultos jovens concentram-se em zonas mais costeiras e produtivas (até cerca de 50 m de profundidade), próximo das embocaduras dos rios e rias, sobretudo na costa noroeste entre o Porto e a Figueira da Foz e na região de Lisboa. É uma espécie com grande mobilidade, que forma cardumes (gregária) na coluna de água (pelágica), que podem ultrapassar 100 m2 de área e 10 toneladas.

As suas migrações não são bem conhecidas mas há indicações de migrações sazonais ao longo da costa e de migrações à medida que crescem para a costa norte de Espanha (Galiza norte e Mar Cantábrico).

A distribuição e as variações da abundância da sardinha estão associadas ao afloramento costeiro (“upwelling”), fenómeno oceanográfico provocado pela ação dos ventos do quadrante Norte, predominantes sobretudo no verão, que resulta no aumento da quantidade de plâncton, o alimento da sardinha, nas águas costeiras.

A sardinha tem um papel importante no ecossistema porque constitui a principal presa de várias espécies de golfinhos (golfinho comum ou toninha), de aves marinhas (ganso-patola, cagarra, pardelas e gaivotas) e peixes (atuns, pescada e outros pelágicos, alguns dos quais se alimentam dos seus ovos e larvas).


Mapa exemplificativo de distribuição da sardinha nas águas Portuguesas (dados recolhidos na campanha acústica PELAGO05, primavera de 2005).


A sardinha é principalmente capturada com a arte do cerco (98%), estando no entanto presente em quantidades diminutas nas capturas de outras artes como o arrasto, redes de emalhar (sardinheiras) e arte-xávega. A pescaria do cerco é realizada por cerca de 130 embarcações, que utilizam geralmente uma embarcação pequena para auxiliar as manobras durante a pesca (chalandra ou chata), e que realizam viagens diárias e pescam na vizinhança do porto de origem.

Na pesca do cerco, ocorre a captura de cardumes só de sardinha ou captura de sardinha misturada com outros pequenos e médios pelágicos, tais como cavala, carapaus e biqueirão no mesmo lance de pesca.

A gestão da pesca da sardinha é realizada por Portugal e Espanha e segue um Plano de Gestão acordado entre os dois países. Este Plano inclui limitações à captura anual e ao esforço de pesca (máximo de 180 dias de pesca por embarcação e proibição de pesca durante 2 dias por semana, ao fim de semana), períodos de interdição de captura de sardinha (entre dezembro e abril, dependendo da zona da costa) e mais recentemente limites à captura de juvenis. O tamanho mínimo de desembarque, 11 cm, está regulamentado a nível Europeu. Existe ainda um conjunto de medidas regulamentares para a pesca do cerco relativas à arte e zonas de operação das embarcações.

Fonte:IPMA




#7

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A escolha do local para a jornada, foi motivada pela queda da ondulação que se tem feito sentir, a existência de bancos de sedimentos no local, em movimentação e alguma areia já fixada à algum tempo muito por culpa dos afloramentos rochosos existentes no local, apresentavam perspectivas de ser efectuada alguma captura. 

Chegando ao local são efectuados alguns lançamentos ainda numa zona com uma amplitude distinta pois a maré estava muito acima da cota onde normalmente efectuo as capturas.

Varias zonas batidas com os artificiais, e nada, nem um toque, resolvi mudar de local, a insistência, expectativa a cada lançamento do costume.

Troco de artificial, estava numa zona de substrato rochoso e alguns lançamentos a sondar a zona entre o 0.50 e 0.80 surge o primeiro ataque, o artificial sai de uma zona rochosa, caminha verticalmente na minha direcção e ao passar por um caneiro surge um jovem robalo que acerta no artificial mas falha os triplos.


Efectuei a insistência, tentando bater uma área maior aquando do lançamento, chegando ao local do anterior ataque surge o tal jovem ou um companheiro similar que desta vez não falha os triplos tendo ficado ferrado, após a sua recuperação foi libertado.

Mais uma passagem por o local e prendo um exemplar, que deu para sentir o que é um robalo, sendo que tive de aguardar a passagens de um bom "set" para o recuperar em segurança.


Ainda foi sondada mais algumas vezes a área mas sem sucesso de um novo ataque, tendo sido uma manha produtiva com a captura, sendo o maior exemplar capturado na época recentemente iniciada, mas sobretudo pela experiência e novo "hot spot" encontrado, veremos se de futuro dará mais exemplares neste ponto especifico.


Artificial: Angel Kiss 
Multifilamento: Power shot 0.20 
Carreto: Sun Reef 5008 
Cana: Luxxe Spin

Lançamento do livro "Peixes marinhos de Portugal"

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O livro "Peixes marinhos de Portugal" tem como principal objectivo dar a conhecer as espécies de peixes mais comuns da costa portuguesa. 

É uma edição bilingue (Português e Inglês) onde são apresentadas mais de 200 espécies, através de fotografias, a maior parte delas inéditas, e feitas no habitat natural. Informação acerca do nome comum, nome científico, tamanho máximo, intervalo de profundidades e distribuição geográfica é também apresentada.

Neste livro é apresentada informação acerca de cada espécie de um modo simples e claro, para além da família, nome comum (em Português e Inglês), nome científico, tamanho máximo, intervalo de profundidades em que a espécie ocorre e distribuição geográfica, cada espécie vem representada numa fotografia.

O lançamento será na próxima 5ª feira, dia 29 de Outubro, pelas 19h, na sala VIP do Oceanário de Lisboa.

Este projecto foi possível graças a um grande número de pessoas e instituições dos quais se destacam: As entidades promotoras: Flying Sharks, Neptuno, Instituto Politécnico de Leiria e Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental; As entidades colaboradoras: Departamento de Oceanografia e Pescas e IMAR (Univ. Açores); As entidades co-financiadoras: INAlentejo, QREN, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Design gráfico: GOBIUS, comunicação e Ciência


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O regresso no dia anterior ao local das ultimas capturas, não se revelou uma boa opção pois apesar de ser um local que deu alguns exemplares nas ultimas jornadas, da ultima vez nem sinal, como tal o que não é a norte é a sul, seguindo a velha máxima dos pesqueiros da pesca ao sargo, ou seja, quando estão concentrados num pesqueiro e no dia seguinte não dão sinal é porque foram para as zonas limítrofes a norte ou a sul...

Chegando ao local ainda com o sol alto, preparo o material são efectuados alguns lançamentos com a voadora, foi a sua estreia. É um artificial que proporciona um lançamento a grande distancia, equilibrado e preciso, em termos de trabalho efectivo desta amostra podemos dizer que proporciona a simulação de uma presa debilitada ou em pânico, que perante os olhos do predador simula a sua refeição. 

Varias zonas batidas com os artificiais, e nada, nem um toque, mas permaneço no local, a insistência, expectativa pois naquele local teria de ser frequentado por algum exemplar.

Três exemplares apesar de atacarem o artificial já praticamente à saída da água na sua recuperação não foram ferrados, dois pequenos robalos e um com perto de dois quilos.

Mais uma vez, a aproximação do sol à linha do horizonte ditou a captura destes três labrax.

Artificial: Silent Assassin - Shimano
Multifilamento: Power shot 0.20
Carreto: Sun Reef 5008 - Sert
Cana: Luxxe Spin - Vega

#9

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O estado do mar iria alterar-se em breve e como a sondagem em dias anteriores tinha acusado movimentações, nada como começar a noite com uns lançamentos.

Após a chegada ao local escolhido, misto de pedra e areia, que nas ultimas jornadas se tem revelado interessante em termos de frequência de robalos. O mar ainda permanecia com uma pequena ondulação, o mar proporcionava um óptimo "espraiar" da ondulação e chagando ao local coloco um Hardcore Minnow, ao fim de meia dúzia de lançamentos tinha o primeiro exemplar ferrado.

Passado alguns lançamentos a varrer uma área, outro exemplar ferrado. 

Estava a realizar as ferragens muito próximas de mim, mas continuei a lançar o artificial ao limite dos lançamentos, sorte/coincidência ou não, o local tinha uns peixes...

Foram libertadas duas pequenas bailas e um robalo do tamanho do artificial.

Artificial: Hardcore Monnow 210 - Duel
Multifilamento: Power shot 0.20
Carreto: Sun Reef 5008 - Sert
Cana: Luxxe Spin - Vega

Diagnóstico 2006

#10

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Passados alguns dias de alguma agitação marítima, deu-se o regresso ao local das ultimas capturas, a previsão era de encontrar o fundo com algumas alterações consideráveis, e muito provavelmente os alvos da jornada já não estariam no local, situação que aparentemente era certa.

Chegando ao local, os preparativos do costume, iniciando com a Silent Assassin ainda cedo e com muita água no pesqueiro, algum tempo depois surge a primeira captura, coincidindo com a aproximação do sol à linha do horizonte e aproximação e actividade dos labrax mais próximos da costa.

Mais um exemplar e apesar das duas capturas, troco de artificial, passando a utilizar nos lançamentos a Hardcore Minnow, sendo um artificial que se sente "agarrar" mais água.
Ambos os artificiais efectuam excelentes lançamentos, bem direccionados e precisos, o que nesta modalidade é consideravelmente relevante, embora a Hardcore me tenha desiludido um pouco em termos de qualidade de pintura, pois com esta segunda jornada de utilização perdeu grande parte da sua cor na zona superior pela acção dos triplos (saltou a pintura em pequenas camadas deixando apenas o cromado).

Foram efectuadas mais algumas capturas e antes da saída do local, ainda caminhei um pouco na baixa mar sobre a zona onde tinha efectuado as capturas, qual não foi o meu espanto e conclusão sobre os últimos resultados que reflectiram as ultimas jornadas, existia alimento em abundância naquela zona, daí estarem concentrados naquele local,


Existe sempre uma explicação para o resultado das capturas, a imagem acima demonstra uma pequena colheita em vinte metros quadrados de pedra numa zona de areia junto à foz de um rio.

Artificial: Silent Assassin 165 - Shimano  & Hardcore Minnow 210 - Duel
Multifilamento: Power shot 0.20 
Carreto: Sun Reef 5008 - Sert
Cana: Luxxe Spin - Vega

Investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) convidado pela Comissao Europeia

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Karim Erzini, investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da UAlg, é um dos autores convidados do estudo encomendado pelo Parlamento Europeu sobre a gestão de pescas no Ártico, no contexto das alterações climáticas. Na próxima quarta-feira, dia 11 de novembro, Karim Erzini vai falar sobre este estudo, num seminário que terá início às 13h30, no Anfiteatro 1.8 do edifício 8, Campus de Gambelas.

O estudo publicado pelo Parlamento Europeu tem como objetivo fornecer uma ampla revisão e análise das implicações das alterações climáticas para o ecossistema do Ártico e quais as possibilidades de desenvolvimento de novas pescarias. As recomendações retiradas do estudo podem ajudar a prevenir ameaças ao ecossistema do Ártico que é atualmente considerado frágil.
Estima-se que as alterações climáticas possam afetar significativamente o Oceano Ártico, principalmente através do aquecimento e da redução da cobertura de gelo. Os modelos sugerem que a pesca no Ártico vai beneficiar de uma maior produtividade primária, com uma expansão de cadeias de distribuição, principalmente de espécies comerciais com baixa a média resistência. Neste cenário, coloca-se ainda a hipótese de disponibilidade de novas pescarias, especialmente em águas internacionais não abrangidas por Tratados de Gestão.
 
Karim Erzini
Este estudo, realizado em colaboração com o “The Fisheries Centre” da Univeristy of British Columbia e “Innovative Fisheries Management” (Universidade de Aalborg) fez uma revisão das alterações climáticas no Ártico reportadas nas décadas passadas, e analisou os mais recentes cenários de mudanças climáticas para o século XXI.

Debruça-se ainda sobre o papel dos diferentes órgãos de administração e regimes de governança existentes, fazendo algumas previsões no que diz respeito ao desenvolvimento futuro da pesca e apontando algumas lacunas, deixando, no final, recomendações para a investigação e a política Europeia para o Ártico.

O Oceano Ártico contém grandes áreas de alto mar que estão fora da jurisdição nacional. Estas áreas são de interesse estratégico para a União Europeia, em termos de acesso a recursos naturais e transporte marítimo.

Tendo em conta o papel das alterações climáticas como potencial “multiplicador de ameaças", a Comissão e o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança têm apontado que as mudanças ambientais estão a modificar a dinâmica geo-estratégica do Ártico, encaminhando assim para o desenvolvimento de uma política Europeia para o Ártico.

O estudo foi publicado no semestre passado (junho 2015) e está disponível aqui.

Pesca de carapau em águas portuguesas sobe e robalo deverá ficar interdito na UE

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As possibilidades de pesca do carapau voltam a subir nas águas continentais portuguesas, em 2016, mas outras como areeiro, tamboril, raia e bacalhau deverão baixar e o robalo será proibido, segundo a proposta hoje apresentada pela Comissão Europeia.

No que respeita ao robalo, Bruxelas decidiu este ano chamar a si a gestão das unidades populacionais e propõe, na primeira metade de 2016, a proibição das pescas comercial e recreativa em todas as águas da União Europeia (UE).

Segundo a proposta, os totais admissíveis de capturas (TAC) de carapaus nas águas continentais portuguesas sobem 15,3%, paras as 68.583 toneladas em 2016, somando-se a estas as possibilidades de pesca de carapau na zona CECAF (Comité das Pescas do Atlântico Centro-Leste), definida por Portugal para a Madeira e os Açores.
Em águas nacionais, Bruxelas quer, para os TAC de bacalhau um corte 29,6%, de 27,1% nos de arinca, de 26,4% nos de areeiro, de 19,2% no de tamboril e de 10% no de raias, espécies cujas unidades populacionais ('stocks') o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla inglesa) considera estarem abaixo do rendimento máximo sustentável (MSY, na sigla inglesa).

Em debate estão ainda os TAC de pescada, badejo, linguado, maruca e lagostim, sendo que, por exemplo, a primeira deverá ser objeto de um aumento ('top up') por estar já abrangida pelo regime de desembarque obrigatório.

O desembarque obrigatório das capturas tem como objetivo, segundo fonte comunitária, estimular seletividade dos pescadores, de modo a que se concentrem em pescar peixes de maior dimensão.

Os peixes com dimensão abaixo do autorizado -- que deixam de poder ser deitados borda fora -- não têm valor comercial para consumo e apenas podem ser vendidos para a indústria transformadora de rações, a um preço mais baixo.

Já no próximo ano entra em vigor o regime de 'top-up' nos 'stocks' abrangidos pelo desembarque obrigatório -- como o dos peixes demersais, que vivem a maior parte do tempo em associação com o substrato, quer em fundos arenosos, como os linguados, ou em fundos rochosos, como a garoupa.

O valor dos aumentos das capturas terá ainda que ser decidido pelo Comité Científico, Técnico e Económico da Pesca da Comissão Europeia, após o que serão divulgadas as indicações de Bruxelas para as espécies e zonas em causa.

A obrigação de desembarcar todo o pescado tem como objetivo, segundo fonte comunitária, estimular a inovação, com o uso, por exemplo, de redes mais seletivas e a escolha de épocas mais apropriadas para pescar.

Já a unidade populacional de robalo do Atlântico (que evolui no sul do mar do Norte e no canal da Mancha para o mar Céltico e o Atlântico) encontra-se numa situação muito depauperada, segundo os pareceres científicos, propondo-se um limite nas capturas para um máximo de 1.449 toneladas.

Na primeira metade de 2016, Bruxelas quer proibir a pesca comercial e recreativa do robalo e na segunda metade do próximo ano propõe um máximo de uma tonelada mensal para a pesca comercial e de um saco de peixe para os pescadores recreativos, mantendo a proibição nas águas irlandesas.

As limitações à pesca de robalo foram já aplicadas este ano, tendo Bruxelas chamado a si a gestão das unidades populacionais da espécie, que até 2014 era feita nacionalmente.

Em relação è pescada do sul e ao areeiro, o ICES e a Comissão Europeia consideram que são 'stocks' que continuam a ser explorados a um nível superior ao MSY.

Os ministros das Pescas dos 28 reúnem-se a 14 de dezembro para decidir sobre os TAC e respetivas quotas nacionais, normalmente revistos em alta face à proposta da Comissão Europeia.

Fonte:Sic Noticias

Algarve Nature Week - Venha descobrir a sua própria natureza!

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O vídeo promocional da Algarve Nature Week ganhou o 1º prémio, na categoria “Turismo Rural e de Natureza”, do Festival Internacional de Cinema e Turismo Art&Tur 2015, que decorreu em Vila Nova de Gaia.

Direção e Argumento: João Viegas - Margem Produções

Sessão de esclarecimento sobre exploração de Petróleo e Gás Natural no concelho de Aljezur

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O Governo português concedeu direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em terra e no oceano ao largo da costa algarvia, nomeadamente a escassos quilómetros do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

A prospecção e pesquisa tem sido realizada sem qualquer tipo de avaliação ambiental, que seja do conhecimento público, e todo o processo tem sido conduzido de forma que não se nos afigura transparente, não nos tendo sido fornecidas as informações já requeridas em matéria ambiental.
Vemos com muita apreensão o futuro do Algarve tendo em conta os possíveis impactos que uma medida destas pode ter numa região com uma elevada dependência do turismo e do mar, com uma elevadíssima biodiversidade. Salientamos alguns dos principais impactos nocivos que esta actividade poderá trazer para o concelho:

• ocasionados pela incompatibilidade entre uma região de turismo que se quer de excelência e a exploração de petróleo e gás;
• resultantes de um aumento da intensidade e frequência da actividade sísmica numa região onde não se pode ignorar o elevado risco sísmico e a possibilidade de ser atingida por um tsunami;
• provenientes de um possível acidente tanto na fase de prospecção, como na fase de exploração ou no transporte de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), originando graves problemas ambientais e sociais.

Os referidos impactos terão consequências na saúde, na degradação da qualidade de vida das populações e na fauna e flora marinhas. 

PARA MAIS INFORMAÇÕES
ASMAA (Algarve Surf and Maritime Activities Association): www.asmaa-algarve.org
PALP (Plataforma Algarve Livre de Petróleo): www.palp.pt

Duas décadas depois, a águia pesqueira está de volta à costa alentejana

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A ocupação humana afugentou o “guincho” da costa alentejana
Pedro Cunha/Arquivo
“O potencial de reocupação do litoral pelas águias pesqueiras, de Sagres ao Cabo da Roca, é muito grande”, afirma Luís Palma. “Tudo vai depender da capacidade para condicionar a presença humana [nas zonas mais sensíveis]”. No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que se estende entre os concelhos de Vila do Bispo a Sines, se não houver um regulamento de acesso a determinados pesqueiros, será difícil a reinstalação de casais de águia pesqueira, alerta Palma.

Quando o biólogo Luís Palma apontou o telescópio para as rochas, viu logo que não era um ninho de cegonha. “Era de um guincho”, conta. Guincho é o nome outrora popular da águia pesqueira, uma ave que deixou de se reproduzir em Portugal há quase duas décadas.

A última fêmea que procriava no país morreu em 1997, enrolada em redes de pesca. Nunca mais se viu um ovo de águia pesqueira em Portugal. Mas agora toda a atenção está posta num ninho no litoral alentejano, onde um casal foi avistado no mês passado, em manobras nupciais.

Ainda não há cria, mas a simples presença daquelas duas aves é um sinal de que a águia pesqueira (Pandion haliaetus) estará novamente a nidificar no país – e não apenas a passar por cá durante as migrações no Outono. E, se assim for, será a coroação de esforços de reintrodução da espécie em Portugal e em Espanha.
Nos últimos quatro anos, 40 juvenis de águias pesqueiras vindos da Finlândia e da Suécia foram libertados nas margens da albufeira do Alqueva. Depois de um período de adaptação, desapareceram – o que era de se esperar. “Elas dispersam-se e tendencialmente vão para a África Ocidental, onde passam dois ou três anos. Se sobreviverem, tendem a regressar às áreas para onde foram transferidas e libertadas, para se reproduzirem”, explica Luís Palma, coordenador científico do projecto de reintrodução, liderado pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), da Universidade do Porto, e financiado pela EDP.

Águias-pesqueiras ou guinchos
DR
Em 2012, um ano após a libertação das primeiras aves, Luís Palma levou um ornitólogo estrangeiro, membro do conselho consultivo do projecto, a conhecer o sítio onde o último casal nidificante de águias pesqueiras costumava estar. O ninho, que depois do abandono pelas águias foi ocupado por cegonhas, ainda estava no mesmo ponto. “Mas não havia nada”, diz Palma.

No ano passado, em Setembro, o biólogo voltou ao local, com a mesma intenção de mostrá-lo a outros participantes do projecto. Mas desta vez, encontrou algo diferente, um ninho que já não era o mesmo e que decididamente parecia ser de uma águia pesqueira. “É mais compacto e normalmente está cheio de lixo, que elas trazem do mar”, explica Luís Palma.

No princípio de Abril, lá estava um casal de águias pesqueiras, em pleno flirt. Para conquistar a fêmea, o macho usa procedimentos de atracção, com persegui-la a carregar um peixe em pleno voo, como uma prenda.

No final do mês, continuavam lá. Mas a fêmea não estava a incubar. Ainda não se sabe se daquele namoro sairá de facto a primeira águia pesqueira nascida em Portugal em quase duas décadas.

Ao que tudo indica, nenhuma das duas aves pertence ao grupo que foi libertado no Alqueva, nem às 125 que já foram soltas na Andaluzia e às 23 no País Basco, em Espanha, nos últimos dez anos. Todas essas estão identificados por duas anilhas, uma na pata esquerda e outra na parte direita. As águias avistadas não tinham nenhuma.

O mais provável é que aquelas aves sejam de outras populações, como as que passam por Portugal durante as migrações. Mas o que as terá incentivado a cá ficarem foi possivelmente a presença de outras águias pesqueiras, das que foram libertadas e que já andarão de novo por cá.

“As águias pesqueiras são relativamente sociais. Umas atraem outras. Como há mais animais a circular, passam a achar a região interessante”, diz Luís Palma. Em Espanha, já há 15 casais a nidificar.

Fixar casais em Portugal representará uma inflexão na tendência que fez a ave desaparecer da litoral do país. A águia pesqueira era uma espécie comum no passado, e o testemunho disso é a existência de vários pontos da costa nomeados com o termo “guincho”.

Mas, com o avanço da ocupação humana, a sua população regrediu para apenas três dezenas de casais no princípio do século XX, dois casais nos anos 1970 e apenas um nos anos 1990. Depois da morte da última fêmea nidificante, em 1997, o restante macho ainda andou pelo litoral alentejano, até finalmente desaparecer de vista. Foi observado pela última vez em 2002.

O simples reaparecimento de um casal agora na Costa Vicentina não é, porém, garantia de sucesso na reintrodução da espécie. Os locais bons para as águias fazerem os seus ninhos também são atractivos para a pesca à linha. Outras actividades, como o surf, também competem pelo acesso a zonas do litoral que são importantes para aquela espécie.

“O potencial de reocupação do litoral pelas águias pesqueiras, de Sagres ao Cabo da Roca, é muito grande”, afirma Luís Palma. “Tudo vai depender da capacidade para condicionar a presença humana [nas zonas mais sensíveis]”. No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que se estende entre os concelhos de Vila do Bispo a Sines, se não houver um regulamento de acesso a determinados pesqueiros, será difícil a reinstalação de casais de águia pesqueira, alerta Palma.

Proposta de Regulamento do Conselho

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Proposta de Regulamento do Conselho que fixa, para 2016, em relação a determinadas unidades populacionais de peixes e grupos de unidades populacionais de peixes, as possibilidades de pesca aplicáveis nas águas da União e as aplicáveis, para os navios da União, em certas águas não União.

Proposta de Regulamento do Conselho

A ultima jornada de 2015

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Com previsões nada animadoras, chegou o defeso natural, a ondulação forte, mexe com as grandes quantidades de areia que o mar manso pela deriva do litoral colocou junto da costa.

No dia 21 observando o windguru conclui que se queria terminar o ano gastando algumas sardinhas e camarões teria de ser no dia 22, era o dia que dava uma pequena quebra de mar e do período da vaga, as aguas estavam limpas, a maré encontrava-se a subir no inicio da manha, tudo me inclinava para o mar, e assim foi.

Preparei o material e rumei a um pesqueiro que gosto de frequentar com o mar mexido, ninguém lá pesca com estas condições, ao chegar ao local observo as linhas brancas paralelas à linha de costa que me indicavam que o mar estava falso, após ver alguns "set`s" fiquei sem duvidas.
Estava sozinho, descer ou voltar para casa?!?!
 
Visto o fato o inicio a descida, preparo o material, monto a bóia e desloco-me para uma ponta de pedra que me dá plena segurança, mesmo cercado pelo mar.

Inicio a "engodagem" nas paragens de mar que coincidem com o final do "set", aproveito a ultima onda para colocar o engodo em bola lá longe auxiliado pela reversa de mar, o pesqueiro estava engodado e inicio a pesca com bóia de peão, não podia facilitar.

Muito peixe miúdo, o que me obrigou a carregar mais peso no "olivete" junto ao anzol, e começo a efectuar as capturas apenas nas quebras de mar, era necessário trabalhar sincronizado com a "engodagem" pois o engodo não se aguentava muito tempo no pesqueiro.

Ainda perdi três bons exemplares, um que me partiu o 0,25 e os outros dois desferraram.

E assim passei a manha com um misto de adrenalina e sargos sacados a ferros, mas valeu a pena, já tinha saudades disto, para 2016 haverá mais, agora ficam ao cuidado do defeso natural.

Feliz Natal e um próspero Ano Novo

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